Como dizia Vinicius de Morais, “que seja infinito enquanto dure”, e eu acredito que dessa maneira funcionam os relacionamentos e o amor. Tudo é eterno, até acabar. Momentos ficam marcados para sempre, nunca nos deixando esquecer que algo existiu. Latentes em tudo o que você representa, te construíram.
No entanto, os finais felizes nem sempre me deixam feliz. O sofrimento, a amargura, a morte, são mais marcantes. E, ao invés de um sorriso no rosto, deixam um aperto no coração. Te fazem remoer os fatos e cenas, até lacear um pouco o nó na garganta. Você continua não entendendo, e não querendo aceitar, mas ele estará lá enquanto o sorriso já tiver abandonado o rosto dos outros.
A cada fim do para sempre fico imaginando até quando tudo durou. E penso que não há final de contos mais inteligente do que os alemães: “und wenn sie nicht gestorben sind, dann leben sie noch heute”.
Uma bala pra você que compreendeu.
Pois, então, seria a solução começar, sabendo que, quando acabar, durou?
A falta de duração deixaria falhas na construção?
E se, chegada a hora do para sempre, nada funcionasse por não haver precedentes?
E se o filme da minha vida estivesse fadado a um final feliz? Seria assim tão ruim?
Preferível a sofrimento, amargura e mortes.
Ou, talvez, eu esteja só confusa. E a mistura de vida real e fictícia seja inevitável nesse momento.
Mas, e se?
*ta, eu não seria tão má: “e se eles não morreram, vivem até hoje”, e isso deveria bastar.
3 comentários:
Ok quero minha bala ;-)
Adorei o texto.
É infinito nem que seja por alguns dias e é dessa forma que se sente mesmo.
Beijo
bala o/
"seria a solução começar, sabendo que, quando acabar, durou?"
adorei
Postar um comentário