Sábado, 23hs vou à locadora com meu namorado alugar um filme.
Estou na fila para pagar e presencio a seguinte cena:
Uma moça entra e pergunta para a atendente:
-Você tem “Em busca da felicidade”?
-Xii não tenho, está todo mundo procurando pela felicidade, mas ninguém está achando, mas também procurar felicidade num sábado a noite é algo difícil mesmo.
E você acredita na felicidade? Creio que tudo depende do ponto de vista em que o objeto (no caso você ou eu) se encontra. Se você está morrendo de fome, a felicidade significa um prato de batata frita e por aí vai.
Mas eu quero mesmo é falar do clichê, de um casal como os da propaganda do danone saudável, que vive sorrindo por ai. Que absurdo, isso não existe, o casal teria câimbra em menos de dois dias de ficar rindo aquele sorriso amarelo insistentemente por tanto tempo, que besteira credo.
A maior mentira já inventada é a da tampa da panela sabe?
E se sua tampa na verdade não for de panela e sim aquelas de plásticos, da Tupperware que com o tempo fica torta e nunca mais se encaixa no pote? Ferrou! Pronto a pessoa está fadada a morrer sozinha ou no máximo com alguém meio torto.
Eu não sou tampa, panela, chinelo velho, metade da alma de alguém do outro lado do mundo, eu sou eu e é o suficiente, para ter bons momentos comigo mesma ou acompanhada oras.
Eu encontrei alguém que me proporciona momentos felizes e ele não é nada bizarro como uma tampa, juntos somos muito mais do que bocas abertas. Não se deixe enganar achando que seu par (seja homem ou mulher) saberá exatamente o que você sente e o que você quer ninguém nunca sabe essas coisas. Somos, no nosso ritmo, contexto e momento, o que quisermos ser, menos panelas.
Não existe pessoa perfeita, existe alguém que nem sempre te entende, mas se esforça pra isso, que te faz chorar mesmo não querendo isso, que discute com você porque se importa a esse ponto ao invés de te ignorar, que te anima com piadas esdrúxulas, uma pessoa que ri das suas babaquices sem te julgar, uma pessoa que te faz melhor, que acredita e confia em você.
Ah é claro que depois de tudo isso a pessoa deve te amar ou algo do gênero, mas pode ser masoquismo também porque tem gente estranha no mundo.
Eu escrevo com conhecimento de causa, porque essa pessoa ai em cima descrita é meu namorado. Já nos aturamos há um bom tempo e olha que nem percebo isso. Pode chamar de amor se quiser, se assim ficar mais fácil para entender, mas eu acho que é muito mais do que simplesmente amor, muito mais do que já vimos nos filmes, muito mais complexo que felicidade e muito mais substancioso que paixão.
Imagine só um dia que eu estou morta de fome e aparece meu namorado com um prato de batata frita?
Nossa!Que momento feliz.
Espero que todos encontrem suas fritas e afins.