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domingo, 23 de novembro de 2008

Edicion sin número

Desculpe o transtorno.
Susi está temporariamente capenga por conta de provas, trabalhos, problemas financeiros, viagens, contradições familiares, conflitos amorosos, falta de idéias, conexão ruim e qualquer outra desculpa que caiba.
Agora escreve aqui quem quer, como quer e quando quer ;-)
Viva la liberdad.
Viva la anarquía.
Beso Beso

Here, making each day of the year


MixwitMixwit make a mixtapeMixwit mixtapes



Uma vez por mês eu entendo toda a humanidade, o jeito que todo mundo anda sem fé ou esperança no futuro, que banalizam o amor, que esquecem a simplicidade do sorriso de uma criança. Uma vez por mês eu entendo e sou como todos os outros. Me falta esperança, fé e vontade. Nesse mês, o meu dia de me sentir igual, veio depois de um em que me senti diferente. Esperança de que toda vida se encaixaria naquele melhor sorriso, que nada importaria tanto assim, que todo esse desencontro era armadilha da vida para armar algo maior e mais bonito. Um dia antes do meu dia de todos os outros, me senti feliz e acolhida por um lugar que já reconheci como parte da minha rotina, que fez de algum dos meus dias os melhores, perto de quem fez de toda diferença, equilíbrio. Um dia antes do meu dia de todo mundo, eu consegui dormir uma noite inteira calma, com sonhos doces dos quais não me lembro, mas eram doces, isso eu sei.

Depois do meu dia de todo mundo. Dormi poucas horas um sono agitado e cheio de pesadelos. Um maldito rato, que a maldita pessoa que estragou tudo apareceu para brincar, uma cobra e um leopardo em um restaurante moderno demais, todas essas coisas que sendo hippie o suficiente para pesquisar o significado dos sonhos, simboliza falsidade. Uma vez por mês, eu sinto medo, não só de mim, como é habitual, dos outros, sinto medo de todos que não entendem absolutamente nada das diferenças, dos que banalizam os sentimentos, da indiferença que você se veste. Uma vez por mês eu sinto algumas coisas, ruins.

Uma vez por mês, eu sinto uma vontade absurda de ouvir Cranberries até o mundo acabar. Sabe, o que é? Uma vez por mês eu quero que o mundo acabe. Meus sentimentos se explodão. A verdade caia como uma luva nas suas mãos. Os sonhos se desfaçam. E a esperança morra. Devia querer isso todos os dias, mas eu li Pollyanna demais, percebi cedo que só os riscos valem a pena na vida e viver sem eles, é a inércia que torna os dias previsíveis, demais, para mim, que não sei viver assim. Mas, uma vez por mês, eu sei.

Eu continuo, dia após dia, testando os limites das palavras. Confissão, impulso, uma falta completa de razão, uma vida inteira de emoção, uma das nossas eternas diferenças é que eu não sei esconder o coração, eu já te pedi para me ensinar, mas essa é uma das coisas que você me negou com um sorriso. Uma vez por mês, eu queria ser diferente, só para não ser assim todos os dias. Uma vez por mês, eu tenho TPM e canso da fé. Sempre, uma vez por mês.



ps. pós turbilhão de pesadelos da madrugada do dia 30 de novembro.

C'mom Baby Say Bang Bang

Queria um revolver que cantasse a cada disparo. Que resolvesse alguma coisa a cada furo. A cada puxada de gatilho uma inspiração. A cada coisa que tombasse, uma nova se erguesse.

Bonito e com um tambor barulhento, quase carnavalesco, que tocasse uma melodia nova cada vez que fosse acionado. Que girasse com suavidade, batesse com força e explodisse como fogos de artifícios.

Em cada bala uma doçura capaz de curar um corpo cansado. De dar um descanso aos que merecem. Que cuspisse confeitos capazes de ferir pessoas amargas, sem gosto e com vida.

Um tiro, um sonho, saraivada de balas, doces ou azedas. Qualquer coisa que tire o gosto ruim o que dê um gosto melhor para uma vida sem sabor.

É esse o revólver que eu quero, por favor, posso ter um deste?