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segunda-feira, 10 de março de 2008

Mais uma edição mas, desta vez, inovadora. Nesta 18º atingimos a maioridade, a primavera da adolescência se foi e chegamos e ao inverno da seriedade, portanto, contaremos piadas, oi?

Era uma vez uma lesma em cima de uma tartaruga, o que ela disse?






Weeeeeeeeeeee \o/

ps.: caso você não tenha entendido, explico. Uma lesma consegue se mover um tanto quanto mais vagarosamente do que a dita cuja tartaruga. Portanto, andar em seu casco seria uma aventura pra lá de radical.

=D




\m/ minihangloose!

Küsse, meine Liebe! =*

Com gosto de realidade

Lá vai ele caminhando sem pisar no branco do quadriculado, cantando bem alto em ruas de gente avulsa e silenciosa, brincando com a maleabilidade de suas expressões faciais.

Dumberto não se importava em não ser usual e nunca se importou. Perdeu o interesse pela escola quando o reprimiram, na 1ª série, por seus erros de ortografia. Indignava-se com a valorização da forma sem que ninguém se preocupasse em absorver a essência do que produzia. Não aprendeu a ler direito e, aos 29 anos, ainda lia a seção de piadas do jornal fazendo grandes pausas silábicas com uma régua sob as linhas.

Limpava a boca na toalha de mesa, corria de meia pelo corredor para pular no sofá e dançava em qualquer lugar – com ou sem música – desvairadamente. Dumberto não se importava com o imoral e nunca se importou. Perdeu seu primeiro emprego por nunca deixar barato nenhum dos tapinhas no seu ombro que excediam um pouco o limite de força. A primeira namorada o deixou depois do 12° glorioso dia sem banho. Os amigos evitavam sair com ele para lugares muito movimentados por causa da sua habilidade de encaixar qualquer tipo de objeto nas narinas e soltá-los sem usar as mãos.

Andava com roupas coloridas, muito estampadas, e gostava de incorporar os personagens de quadrinhos das camisetas que vestia com acessórios característicos. Não combinava as peças que usava, mas costumava escolher todas as que mais gostava para usá-las ao mesmo tempo. Dumberto também não se importava com aparência e nunca se importou. Só fazia a barba ou cortava o cabelo se alguma sujeira grudasse e não saísse mais. Não lavava o rosto pela manhã e só escovava os dentes quando alguém o lembrava.

Dumberto era essencialmente Dumberto. Em qualquer ocasião acabava se esquecendo do que não podia ser ou fazer e acabava sendo Dumberto. Nunca se importou porque não considerava existir uma maneira de deixar de ser ele mesmo. Certamente se conhecesse tal hipótese, não a levaria a sério a menos que fosse para se tornar um super-herói.


“ If I told you what it takes
to reach the highest high,
You'd laugh and say 'nothing's that simple'
But you've been told many times before
Messiahs pointed to the door
And no one had the guts to leave the temple!

I'm free, I'm free
And freedom tastes of reality
I'm free, I'm free
And I'm waiting for you to follow me.

How can we follow?
How can we follow? ”

(The Who - I'm free)

Nós dois

O dia termina e ele não está do meu lado. É meio imbecil porque resolve vir quando eu não o quero e sadicamente ri as minhas custas. Eu sei que ele vai chegar quando não preciso e quando eu mais desejar não poderei contar com ele. É um idiota com poucas funções que não sabe desempenhar.

Ultimamente tem agido como um rato que chega à surdina e quando vai embora, fica a bagunça e uma sensação de mal estar. Eu acho que na verdade ele é um rato porque consegue chegar a lugares pequenos que, sozinha, eu não chegaria. Insiste em achar e me mostrar coisas estranhas quando está comigo. É um susto, um choro, um riso nervoso ou uma lembrança há tempos guardada. Ele tem todas as minhas chaves.

Um rato com chaves, isso sim é perigoso. Se ele já entra em quase todo lugar, imagine com as chaves como item facilitador. Um pesadelo ou com coisas ruins é como ele me presenteia quando vem.

Quando era mais jovem ele nem se importava em me importunar, vinha e ia tão rápido que eu nem notava. Era mais carinhoso. Agora ele vem com tapete vermelho, anunciando sua chegada triunfal. Ficou arrogante e quer estabelecer tudo como acha melhor, mas eu não deixo ou pelo menos tento.

Algumas vezes procuro por ele desesperadamente e tento agradar com alguns mimos. Uma massagem, um livro, boa música e até um chá, mas admito que ele vem se mostrando mais forte. É orgulhoso e não se vende por pouco.

Eu fecho os olhos e tento trazer ele para perto com a força do pensamento. Visualizo passo a passo, penso em como seria bom ter ele comigo porque sinto falta dele, admito. E cada dia mais essa ausência cansa e fico imaginando a sensação do momento da chegada e como será quando ele me tocar novamente.

Assim é nossa relação. A mais clichê possível, um misto de amor e ódio. Quando eu o quero, ele não quer e quando ele me quer, não posso ficar. Vivemos nos opostos, sempre. Platônicos em estágio avançado, irremediáveis e sem esperança de melhora.

Espero sua visita, estou com saudade, mas, por favor, não traga presentes, venha sozinho. Só você já me basta por essa noite. Não traga pesadelos, sonhos ou inquietação, não gosto deles.

Quero você sozinho, como tem que ser. Os dois na cama e nada mais entre nós.

domingo, 9 de março de 2008

Obsessão

Apoiada com os cotovelos na mesa ela pensava no que seria dito nas próximas horas. A situação delicada a impedia da verborragia natural dos diversos encontros. Teria de dizer tudo a ele, não poderia poupá-lo dos fatos que se concretizavam em sua mente e a impediam de estender a atual situação que, talvez por indiferença ou descompromisso, ele fingia não saber. Porque ele sabia, ele devia saber, mas desde o começo o pacto silencioso foi de nunca expressar em palavras o que poderia ser sentido. O jogo se invertera. Lá estava ela, sentada naquela mesa do bar lotado de pessoas estranhas a procura dos olhos destinatários que deveriam surgir a qualquer instante roubando seus suspiros. Tinha pensado em escrever, já que não era possível falar, letras costumavam ser mais certeiras que a própria voz. Aliás, não era boa no jogo do diálogo, sentia-se perdedora sempre que falava demais. E ele tinha essa incrível capacidade de escutar tudo que tinha a ser dito. Ela não suportava sua habilidade. Que a interrompesse, ou a lembrasse do combinado, mas quando via já era tarde, as palavras haviam denunciado as letras cravadas no peito. Todas impregnadas e se debatendo naquele pequeno espaço, querendo livrar-se do bloqueio imposto pelos lábios. Sua mente era a grande culpada. Porque tinha de dizer? Porque deveria fazê-lo saber daquilo que não queria perceber? Era burrice, era muita burrice botar tudo em jogo a troco da decepção de ouvir o que não gostaria. E as chances disso acontecer eram enormes, pois sentia-se fraca e indefesa frente a ele, a admiração a encolhia. E esse sentimento de impotência só era rompido quando se abrigava em seus braços, e sabia que ele a tinha por inteiro e que assim a queria.

Pois ele chegou. Os olhos se cruzaram antes do primeiro passo em sua direção. Foi como mágica, ao vê-lo todas as palavras saltaram em seus lábios e as barreiras e bloqueios desfaziam-se, a cada passo o calor de seu corpo parecia atravessar as emoções, embaralhar a mente e explodir no peito.

Era ele. Ele. Ele.

Ele ainda estava em pé próximo à mesa quando a ouviu.

- eu te amo.
- como?
- eu te amo e não agüento mais isso. eu não funciono como você e não consigo ficar quieta diante desse sentimento que parece romper minha sensatez e destruir a minha tão prezada racionalidade em busca da aceitação em palavras que já tive em toques e olhares. Não, não. chega de tentar entender as suas verdade e aceitar seus termos enquanto me acabo buscando as respostas de minhas dúvidas quanto a esse amor maior que tudo. Chega, chega. eu te amo.

Do modo como a ouviu, ainda perplexo, virou-se e a deixou. Enquanto caminhava se arrependeu de ter ido até lá, sabia que não poderia confiar em suas palavras e que os tratos feitos, ao seu ver, eram meras desculpas para a reunião e desfecho da cena feliz em sua mente. Seus sonhos utópicos. Percebeu que o grande erro foi ter aceitado conversar sobre o assunto encerrado, pois da última vez ela prometera deixá-lo definitivamente em paz, e assim deveria ter sido feito. Fazia um ano que o amor havia acabado, assim como tudo o que havia entre os dois e o tempo se encarregara de banir da mente dele, mas não do coração dela.

Outside[r]

Coração adormece e a fumaça o envolve. Tudo tão difuso. Tudo tão nublado. Eu te assisto da janela. Agarro o medo de não poder respirar de novo, enquanto os acordes daquela música que nunca gravei pra você apunhalam meu peito. Devolvem a sanidade de um momento íntegro. Canto com minha voz rouca e guardo os resquícios da saliva seca. É tudo quando estamos longe, é tudo quando estamos perto demais. As estrofes me enganam, me fazem suplicar.

Lembra? Suas mãos nos meus cabelos, meu coração entre seus dentes. Escorre a intimidade. Os dedos que sabem de cor os caminhos do meu corpo. Toda a tinta e todas as cores. Ácido na tela, manchas em nós dois. A salvação em uma pincelada.

Lembra? Aqui já quase tudo falha, são as palavras esquecidas, um emaranhado de dúvidas e a imprecisão de um novo parágrafo. O vento que balança a cortina é minha última memória. O vento que balança a cortina, balança tudo aqui dentro. Espanta a fumaça, se revela em pixels na tela do meu computador.

As paredes de flores, o piso liso e gelado. A ordem já não me importa mais. Você sabe quantos pés dão daqui até o chão? Mil, dois, três, vinte e um? Você sabe quanto falta pra eu ter a coragem e dar um passo a frente? 12º andar. O anúncio que eu não vi. Talvez a falta de atenção, talvez as vistas cansadas e a pulsação imprecisa. Arritmia. Aqui a preocupação não me alcança, ou finjo que não a vejo. Vistas cansadas!

Lembra? Lembre-se de alguma coisa! Eu já quase não consigo mais te convencer das minhas verdades. É tudo tão singelo e forte. Não me cace mais com a violência do seu silêncio, ou me atormente com o modo em que segura seu cigarro de manhã. Eu me perco na fantasia de acreditar que você me conhece. Eu te assisto pela janela. Porque eu sempre me senti assim. Do outro lado. Do lado onde você nunca está.

Fevereiro

Antes de você acabar com esse café tenho algumas coisas para te contar. Sim, eu percebi que já está no fim. Você quer me ouvir desde que seja rápido? Sim, eu falo rápido. Então tem esse assunto que você colocou aqui agora pra me fazer rir, eu ainda tenho as coisas para te falar, e enquanto você fala eu olho nos seus olhos e penso nessas coisas que queria te contar.

Você já vai levantar? Ah, sim, vai no caixa e volta daqui a pouco. Okay. Engraçado, você já se parece comigo, a impaciência e a vontade de estar em todos os lugares ao mesmo tempo. Com várias pessoas e o gostar de estar sozinho. É, eu vejo que nossos defeitos foram se misturando pelo caminho. E juntos temos aquelas coisas, as que alguns querem conhecer e a gente guarda. Okay. Me dá um beijo e vai lá. Eu vou ficar aqui, pensar em como começar a te dizer. Sem te falar que preciso dizer. Precisa ser agora? Precisa, porque você não sabe, mas não fico muito mais aqui. Perto de você ficaria a eternidade. Mas, vou mudar, é, de país. Vida, mundo e gostos. Não, o seu gosto eu levo comigo. Os seus sorrisos e o jeito que você segura minha mão sem jeito. E tira a franja do meu olho, até eu perceber que é isso o que você tenta, balançar a cabeça e sorrir. Sim, tem os nossos dias e eu não poderia ir embora sem te contar. Os planos, sabe, aqueles lugares guardados que um dia pensamos em andar juntos? Eu vou. Porque tem umas coisas que você não sabe. Uma oportunidade sensacional de qualquer coisa que pode ser bom para nós dois. Sim, eu vou sozinha. Mas, eu vou com você. Sempre com você como eu te falei que ficaria depois do primeiro beijo. As marcas que você deixou na minha paciência e a impaciência que noto nas suas mãos enquanto espera a fila do caixa andar. Os cartões passarem e a mocinha deixar de comentar sobre o novo funcionário.

Preciso te contar do começo. Do nosso começo que você não viu nascer. Eu decidi tudo antes de você enxergar. Antes da minha cabeça notar os meus sentimentos já faziam festa no meu estomago. Se eu já pensei em te dizer? Nunca pensei que houvesse algo a ser dito ainda, depois de tantas palavras. E de como eu sentia o seu cheiro quando ia dormir. E como eu sorria perto de você. Seus olhos falavam tanto. Para os outros representávamos a nossa própria história, sem saber fazíamos isso em vida separadas. Depois nos unimos e fizemos dos nossos monólogos belos diálogos. Os nossos silêncios saciados e as mãos dadas. Os olhares demorados de reprovação que você me dava quando me via garota. E os que usava para acabar com os impasses bobos.

Sim, nossa diferença é que eu sempre fui mais fundo, é por isso que vou. Talvez queira sentir a sua falta. Ou ver se tudo isso vale mesmo a pena. Mentira. Não vou mentir pra você. Não consigo, você veria meu rosto vermelho e perguntaria o que eu tenho. Talvez dissesse nada e você balançasse a cabeça. Você sabe exatamente como respeitar o silêncio e eu gosto de roxo.

Você me fez abrir as janelas do meu quarto cheio de som e palavras. Me fez voltar a enxergar possibilidades. Do seu jeito me obrigou a voltar a ser eu. Aos seus olhos. Só aos seus olhos. Para os outros temos o nosso teatro. Lembra dele? O que a gente resolveu um dia fazer para passar aquela noite na qual não queríamos dormir. E as mãos já cansadas procuravam nos nossos barulhos calma. Então, eu parei, te olhei e perguntei se você tinha percebido. Até onde tinha andado e como era impossível voltar. Quanto de mim você sabia e ao contrário. Perguntei com medo de ouvir um, 'paro quando quiser'. Mas, era como cigarro e a gente nunca se iludiu. Só pararíamos quando quiséssemos e não queríamos. Não naquele momento, não ainda. Sorrio e você me olha aqui sentada. Tá quase chegando a sua vez. Quando você voltar conto tudo e acabo com isso.

Já falei do começo. Do agora. Dos outros. Já falei que vou embora? É, talvez eu vá mesmo, tenho mais um ou dois meses por aqui. Chegou a sua vez. Vou terminar a cerveja que pedi. Sim, é um café, você tomou café. Mas está calor e eu precisava dessa coragem ridícula que álcool empresta. Um último gole. Ah, sim, oi. Senta aí. Vou te contar a coisa. Não, não me olha assim. Desse jeito que não me deixa fugir. Sabe, era mentira, eu não vou sair daqui, não ainda. Porque aquelas oportunidades nem apareceram e se aparecerem você é meu convidado para aparecer sempre. Ou ir. Ou ficar e continuar a nossa história. Escreve a nossa história. Você escreve enquanto me olha. Acabou. Vamos levantar. Me abraça. Sim, forte, vamos. Eu talvez chore e não ligue pros outros. De alegria e só um pouco. A certeza de que poderia ir embora agora e tudo isso já estaria escrito. Um brinde, um beijo e a sua coragem. Acabou o último gole e nos acendemos os nossos cigarros de possibilidades. Vamos caminhar até ali com os passos sincronizados. Sentar e continuar. Porque no fim a gente sempre continua.




qualquer semelhança, pode não ser mera coincidência. [em vários sentidos]

Where Do You Go To (My Lovely)

O telefone toca. Acordo. Ele toca diferente. Eu acordei diferente, e posso dizer exatamente quem é do outro lado da linha. Mesmo que tenhamos ficado muito tempo sem nos falar. Sua voz ainda soa claramente limpa e doce em meus ouvidos.
- Alô?!


Neuilly Park Hotel, 23, rue Madeleine Michelis. É para onde ela está indo. Exatamente onde eu estou. Paris nunca pareceu tão bela. Tão bela e injusta.


Termino de escrever uma baboseira ou outra na máquina de escrever, coloco uma música e vou tomar banho. Não sabia quanto tempo fazia que não tomava um banho. Minha barba também não está apresentável. Já não sabia quanto tempo fazia que eu não saia na janela. O cheiro da França nunca tinha sido tão suave.


A campainhia avisa que só a porta nos separa.
- Feliz Natal - ela esparrama as palavras que dividem atenção com os gestos de suas mãos. E o mesmo sorriso de antes.
- Você fez luzes no cabelo.
- Estou aqui. Gostou do presente? - Meu presente... Meu passado. Gostava do meu presente sem ela. Mas dela eu gosto muito mais.
- Não vai me convidar para entrar? - Ela já estava entrando, e sabia que não precisava de convite algum. Na verdade, ela nunca havia saído.


Um abraço. Nós ainda encaixamos perfeitamente. É como se tocasse sua pele baunilha sob suas roupas. Sentia seu coração inseguro como se sussurrasse segredos com o meu, como se pedisse abrigo em mim. Aqueles segundo pareciam eternos. E se pudesse, diria sim.


Cigarros. Nunca mais havia fumado desde que ela foi embora. E lá estávamos.


- Que flores lindas!
- É. É mostarda. Você sempre duvidou delas.
- São lindas.
- Você é linda.


Nos beijamos exilando a tensão que nos cercava. Ela passava segurança, mas suas mãos suavam. Suas mãos suavam pelo meu corpo enquanto eu a despia. Uma marca de cigarro que antes não tinha. Um olhar triste que eu não conhecia. Ela respirava em cima de mim.


- Você não deveria ter me encontrado.
- Você não deveria ter vindo para um lugar tão óbvio.
- Talvez no fundo eu quisesse...
- Pensei que fosse ficar em Champs-Élysées¹. Combina com você.
- Pensei em ficar lá. Mas combina com você.
- Sabia que iria te encontrar por aqui.
- Viva la résistance!


Uma longa pausa. Um longo beijo. Ela diz o óbvio:
- Eu vou embora.
- Pra onde?
- Pra longe.
- Eu acho que também vou. Alemanha ou Amsterdã, ainda não sei... Fiquei tempo demais aqui.
- A Alemanha engorda. E vai te partir o coração.
- Mais do que você eu acho que não.


Ela levanta. Pego três flores de mostarda e coloco em seus cabelos. Ela fica perfeitamente bela vestida só com flores. Como Paris. Eu não queria deixar a França, e não queria deixá-la. Mas que escolhas eu tenho? Ela sabe porquê estou aqui.


- Quer ver a visão que eu tenho de Paris? - Ela concorda com a cabeça. Pego em sua mão e caminho em direção à sacada. Então, no meio do caminho, coloco-a em frente a um espelho e a abraço por trás. Dançamos a noite inteira.



















A Deusa e o poeta.






¹. Champs-Élysées é uma larga avenida em Paris. É também uma das ruas mais famosas no mundo. O nome refere-se aos Campos Elísios, que na mitologia grega significa o Reino dos Mortos, onde só entrava as almas dos heróis, santos sacerdotes, poetas e deuses.