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domingo, 23 de novembro de 2008

C'mom Baby Say Bang Bang

Queria um revolver que cantasse a cada disparo. Que resolvesse alguma coisa a cada furo. A cada puxada de gatilho uma inspiração. A cada coisa que tombasse, uma nova se erguesse.

Bonito e com um tambor barulhento, quase carnavalesco, que tocasse uma melodia nova cada vez que fosse acionado. Que girasse com suavidade, batesse com força e explodisse como fogos de artifícios.

Em cada bala uma doçura capaz de curar um corpo cansado. De dar um descanso aos que merecem. Que cuspisse confeitos capazes de ferir pessoas amargas, sem gosto e com vida.

Um tiro, um sonho, saraivada de balas, doces ou azedas. Qualquer coisa que tire o gosto ruim o que dê um gosto melhor para uma vida sem sabor.

É esse o revólver que eu quero, por favor, posso ter um deste?

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