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domingo, 20 de abril de 2008

errata

Enquanto omito a verdade inerente à realidade e me faço de boba, iludindo os pensamentos quanto ao voltar do bom passado, crio frágeis expectativas prestes a ruir sobre meu viver.

E desse modo saudosista vou vivendo e encarando os fatos que insisto em mascarar com imaginação.

Me perco na ficção, esqueço os detalhes e faço do geral meu domínio. Aprendo a ocultar as diferenças e vejo em todos ao meu redor as marcas e qualidades que faltam em mim.

Não sou escrava do perfeccionismo, mas nego os defeitos, teus e meus, e busco o ideal. Finjo não acreditar nos vícios e erros, crio estereótipos em minha mente e te encaixo como em um quebra-cabeça que nunca se completa. Você se transforma em uma peça na história infinita do meu jogo, não é rei nem peão, só o pedaço de imagem que me remete às recordações de momentos compartilhados.

Assim construo meu passado, e entristeço o futuro ao pensar que nada passa de uma fase em que ganhar nem sempre será minha escolha. O livre arbítrio me faz perder, te perder, pois a liberdade me guia erroneamente. Não acredito nas minhas escolhas e me direciono pelo caminho errado, enganando a superficial felicidade.

Te busco, me guie.