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domingo, 13 de julho de 2008

Só.


O que me deixa triste eu não consigo explicar agora. Fantasmas rondam minha cama numa falsa companhia. Eu não sei o que está errado com meu coração, não sei o que eu fiz... A hora de cair ainda não chegou, mas já rastejo febril entre espíritos. E morro só.

Estou num túnel que bifurca em vários outros túneis destinados à escuridão. O caminho a percorrer não importa, o destino que desenhar me será cruel. Eu não sei o que está errado com meu coração. Quando descobrir, ele já terá partido. Já terei partido. O escuro é sólido e tem um gosto amargo, invade minha boca, entra pelos meus ouvidos e dentro dos meus olhos - que aberto ou fechados, já não são mais necessários.

Vozes que não consigo identificar de onde vêm e o que dizem ecoam em toda ausência. Ouço algumas teclas de piano, fazendo uma canção lenta e dolorida, reconhecível. Mas eu sei que é só coisa da minha cabeça. Toda esperança evapora de meus poros, me deixando deitado em minha cama com meus espíritos fazendo ronda. E morro só.

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