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domingo, 5 de outubro de 2008

Guerra de Plástico

- Corram! - Ouviu-se gritar de algum lugar do tabuleiro até que a voz fosse tomada por motores de aviões e metralhadoras. BOOM! Pronto, a explosão se fez destruindo um exército inteiro. Assim, fácil fácil assim. - Troca dez pequenos por um soldado grande aí vai. - Não deu tempo. Nem sempre é justo - três contra um em Vladvostok.

Tudo gira em torno de sorte e muita estratégia. Os campos tomados por Morte definem e peneiram os mais fortes. As cores se desfazem à medida que o cansaço impera com o tempo, a ferida dessa batalha chama sono, que falha a atenção e cava a cova pra enterrar-se nas cobertas. O jogo da Guerra não tem dó, e os dedos dos jogadores impiedosos estão carregados com os Dados prontos para atirar. - FOGO!

Exilados vão sem Destino de um lado para o outro com algumas cartas na mão, mas o objetivo se torna obsoleto. Alguns pedaços do mundo que nada mais significam quando se está desesperado e tomado pela esterilidade. Os Zumbis rodeiam a mesa apenas pelo instinto de sobrevivência, ninguém quer ser o primeiro! Mantém os poucos soldados e um copo de Coca-Cola quente e tão no final quanto suas alternativas esperando alguém vacilar e, quem sabe, o jogo não vira? Há fé, e por que não? Já que os Dados são Deuses de mão em mão, e o copo pode voltar a se encher.

Conquistar territórios. É disso que se trata o objetivo. Dados que definem quem vai, quem fica. Ninguém morre em peças de plástico, aqui a Morte não dói no coração de ninguém nem deixa rastros. Mas todos deitam fracassados montando uma pilha inodora enquanto o vencedor escala o topo.

Se a diversão chama "Guerra", divirtam-se.

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