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segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Ode a ele

As vezes eu fico pensando em quanto tempo gasto pensando em amor... muito. E como tudo o que eu escrevo costuma passar pela minha cabeça antes de ir pra tela do computador, conseqüentemente, tenho escrito muito sobre amor. Portanto, dedico meu texto aos desamores.

Isto mesmo, aos amores que não funcionam, que não deveriam ser e acontecer devido ao alto grau de chateação gerada aos envolvidos, inclusive a aqueles que são obrigados a compartilhar das alegrias e tristezas de um casal mal resolvido.

Durante a semana passada ouvi duas histórias deste tipo, que envolvem duas amigas minhas (e eu peço, desde agora, permissão pra contar os devidos contos – e como, mesmo se vocês não aceitarem, eles já estarão aqui, considero a permissão concedida, obrigada).

Pois então, a primeira já namora há um ano e trá-lá-lá, mas não aos fins-de-semana, que é o período reservado para brigas. É, todo final de semana recebo a mesma ligação perguntando: “vamos sair?”, e eu, boba, respondo “mas ué, e ele?”. Ele não faz, permanentemente até segunda-ordem, parte dos planos temporários. E daí a gente sai, eu passo a noite ouvindo a respeito da mega-briga que eles tiveram e da chatice e dos defeitos dele, logo prosseguida da necessidade louca de ter-lo de volta. Aquela velha história do “ruim com ele, pior sem”. A reconciliação acontece no domingo, e então eu sou obrigada a escutar suas lamúrias sobre o quanto ela está de saco cheio da relação desgastada e que isso não vai durar muito tempo. Ahan, disso eu sei, só dura até sexta, minha querida. Mas saiba que na próxima segunda teremos a mesma conversa.

Já com a outra foi tudo muito rápido, e desse jeito bem moderno, por msn. Me diga, qual o babaca que tem coragem de terminar um namoro por msn? Se ele tivesse dez anos e ainda completasse dizendo: “eu não quero andar de mão dada com você amanha na escola”, eu acharia fofo (mas daí seria pedofilia, esse não é o caso. E ok, eu sou ingênua e ainda acredito que crianças de dez anos andam de mãos dadas na escola e NÃO se beijam). Mas não, o rapaz tem 35 anos e um futuro incerto quanto a sua integridade moral. Ba-ba-ca.

Agora eu poderia encerrar o texto dizendo que é por essa e outras razões que eu não namoro, mas eu prometi não falar de amor, ou no caso, da minha falta dele.

3 comentários:

Mari disse...

Ficou muito bom Ta ... concordo com td ... principalmente a parte do babaca!!!!

Toad - Matheus H. disse...

Ahá, mas vejo alguem que anda faltando nas aulas de lógica!!!

Se existe um casal.
E o casal se ama.
Logo, o amor existe.

Se o amor existe,
mas dura um certo tempo,
O amor tem prazo.

Se o prazo é o responsável pelo fim do namoro
e o namoro acaba
o problema é o prazo.

Amores com prazo de validade.

A deterioração vem com o cotidiano. Com a falta de diálogo.

O amor é amor, por si.
O problema não é o amor. Eu sou um feliz detentor de um amor lindo, que briga diariamente contra o "diariamente".

E que só tende a aumentar.
Ao invés de fugir do amor, vc tem é que encontrar alguem que lute contigo.

Beijos!
Toad

Yuri Kiddo disse...

Sábia Kelly:

http://youtube.com/watch?v=XcidD2HFK8M

^^