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domingo, 24 de agosto de 2008

Sexo verbal não faz meu estilo

Os corpos respondiam como corpos. As intenções sumiam. As mãos correndo pelo meu corpo. Meu corpo percorrendo aquelas mãos. A respiração falha, os dedos respondem. Não importava nada do passado, nem um depois que não existiria, nos queriamos com a urgência da chama.

Animais em combustão. Cada beijo acendendo a inconseqüência. O seu corpo meu, eu sua. Meus toques sempre tiveram o termômetro do desejo. Sou melhor quando quero. Foi assim que acendi toda sua curiosidade. Seus olhos procuravam minhas mãos e eu procurava você.

Fechamos os olhos, fechamos o desejo em um acordo com o diabo e a recompensa era prazer. O seu cheiro velho conhecido em mim, de um jeito que nunca esteve, não pensava em nada, queria você e você naquele instante era um corpo e só. Tudo jorrava como vida, você pronto, eu pronta. Um só e nada faltava naquele momento que você era eu.

Sempre achei que te teria diante da curiosidade. Mas o jogo mudou, você comandou os atos.



Por mero prazer,
agora sua.

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