Há aproximadamente dez anos atrás eu comecei meus estudos. Muitos diziam ser ridículo, gênios diziam ser uma lenda, filósofos romantismo, psicólogos alucinação, matemáticos indecifrável, mas conforme meus testes e analises a probabilidade existia e, portanto, era uma teoria a ser estudada. Einstein já havia desacreditado tal fenômeno em 1939, quarenta anos depois eu procurava comprovar o contrário: das estrelas nascem os buracos.
Dias e dias no laboratório, sem comer dormir viver. Minha energia era comprimida junto aos astros, as fusões nucleares o criavam e me destruíam. A cada passo errado, os cálculos iam para o espaço, minha cabeça explodia e eu sentia que o tal buraco negro só se formava em minha cabeça.
Horas e mais horas de dedicação. Meu peso diminuía conforme a massa das estrelas ultrapassava o sol. A densidade se colocava contra o volume, me atraindo para o caótico breu imaginário. Toda luz captada o fazia cada vez mais negro. Meu cérebro, o tal buraco.
Assim como toda a matéria era extinta, minha sanidade corria perigo quanto mais eu me aproximava de soluções. Teoricamente, o astro exerceria forças que destruiria agressivamente qualquer corpo. Só a distância me separava desta energia, minha mente já trilhava o caminho rumo ao fim. Como resultado, a auto-degradação de uma mente fértil.
A lagarta não se transformou em borboleta. Não resisti à morte de minhas estrelas, o buraco me engoliu por inteiro.
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