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domingo, 18 de maio de 2008

The Autumn Lips


Veio assim sem perguntar nem pedir permissão. Meu amor na ponta da agulha, um velho esfarrapado e cinza, grandioso em meio às ruínas. Sem meias palavras, calou-me. No meio fio, ria às custas da Morte. Essa vida ainda me mata...

Veio por acaso, vestida de arco-íris, flutuando poesias. Meu amor na ponta da caneta, a moça das unhas de sangue. Um brinde ao ctrl+z. Resumidamente é isso. Me abrace, não me solta e me deixa morrer. Quando eu precisar... Deixa eu morrer quando eu precisar...

O cansaço falha as letras. Falha todas as canetas. Empresta o sangue de suas unhas?, é rapidinho... Preciso apenas escrever um ou dois versinhos. Posso até te beijar com meus lábios de outono, boca ressecada. Posso até me envenenar, beijar cada veia machucada. Prometo não irá se arrepender. O velho que mata, a moça que deixa morrer...

Um comentário:

Toad - Matheus H. disse...

Ahá, rapaz! Um dia ele vem. Talvez ele use uma capa cinza e poluída. Mas se um dia ele te mostrar um companheirismo eterno, verás que suas vestes na verdade são coloridas.

Ficou ótimo o texto!
Obrigado!

Abraços!
Toad