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domingo, 18 de maio de 2008

Confortável inércia

Eu deixo tudo como está. E repouso minha cabeça no leito das preocupações inexistentes. Não que a fé tenha me abandonado em dias tão insossos, mas o efeito "estar doente" tira algumas sensações que a vida traria sem a ajuda de qualquer outro artifício químico.

Então, as coisas apenas acontecem. E eu, além de me deixar levar, deixo também minha crítica e lucidez largadas em qualquer esquina, pra me agarrar a liberdade de viver a vida sem maiores interesses no que a impede de ser leve. E é em qualquer caminho de volta pra casa que encontro a importância de redescobrir certas coisas. Simples.

Um tanto mais, depois de passar dias sem saber distinguir os cheiros. Um tanto mais de toda certeza, quando tudo o que me afasta de tudo, traz o fim da falta de ar junto ao seu nome. A ausência de cada sorriso que costuma preencher meus dias torna o "tudo" tão mais doloroso. Torna os superlativos mais intensos. Dramáticos.

Até que as horas alcançam o auge do que faz o coração viver em desespero. E o sábado consegue solucionar todos os problemas quando seu olhar cruza a luz do sol. Uma mesa, depois de um filme ruim, com toda a diferença presente nos copos e a cumplicidade nos pensamentos e abraços.

Então, eu deixo tudo como está. Porque é inevitável não perceber que com você meus motivos pra viver acontecem. Na pele, no olhar, no abraço e no carinho escondido debaixo de um cobertor, eu encontro a simplicidade. E com os olhos fixados no teto, eu abro um largo sorriso. Simples. Assim. Eu deixo tudo como está.

Um comentário:

Lilian Spletstoser disse...

é... deixa assim que tá bom! =]


amo.