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domingo, 29 de junho de 2008

Meus velhos


As histórias de família retomam àqueles momentos de glória, que só se desvencilham do sofrimento a partir do momento em que ficam para trás. Quando se é novo, os contos de avós sempre fazem deles grandes heróis, ainda que seja de maneira singela e particular. Por outro lado, a essência da vida dessas pessoas só vai tomar forma para as crianças depois que elas crescem e aprendem a relacionar tudo o que têm com aquilo que já foi feito há tanto tempo.

Todo mundo sabe de alguém que tenha nascido em berço de ouro, com vida bem confortável desde que se têm notícias. Mas, particularmente, são poucos os casos que se ouve por aí de famílias que tenham vida fácil desde a geração dos avôs. Historicamente há muito que justifique isso, entretanto as mudanças na vida desses que hoje estão com mais de 60 anos não se resume ao contexto que os cercava. Parece que dedicação e caráter não foram as heranças mais marcantes que remanesceram, pois a própria valorização ficou perdida com o tempo.


Não é preciso ir longe para ver a 3ª idade sendo negligenciada, se os próprios filhos dela questionam sua criação e quanto mais que deixou de ser feito por eles. É incômodo presenciar o descaso com quem tem esperado tanto para colher bons frutos do seu esforço.



“Bom mesmo é ir à luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é ‘muito’ pra ser insignificante."
(Chaplin)





Para uma versão menos otimista sobre essa fase, o autor ideal e mais recomendável é Charles Bukowski.

*(não tenho os créditos da imagem. se conhecer, por favor, avise.)

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